Rua Juarez de Souza Carmo
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É
uma rua sequência da Rua Primeiro de Janeiro, e seu início é próximoà Rua João
de Castro Lourenço, seguindo até à saída para a cidade de Ponte Nova, pelo
Rodovia MG 445. Teve este nome por meio do Projeto de Lei 84, de 30/06/1954,
cujo nome anterior era Rua do Carrapato.
Juarez
de Souza Carmo Nasceu em Amparo da Serra, então distrito de Ponte Nova (MG), no
dia 30 de abril de 1907, filho do funcionário público Benjamim do Carmo e de
Teolinda de Sousa Carmo.
Seu
pai foi vereador em Ponte Nova e em Raul Soares (MG). Seu irmão, Elias de Sousa
Carmo, foi deputado federal de 1954 a 1955, de 1961 a 1962 e, finalmente, de
1963 a 1975.
Juarez
de Sousa Carmo cursou o secundário no Colégio de Viçosa (MG), município onde,
de setembro de 1928 a dezembro de 1929, trabalhou como escrivão de cartório. Já
estudante universitário, apoiou a Revolução Constitucionalista de 1932, tendo
participado da chamada Revolta de Araponga. Em conseqüência destas atividades,
foi preso em Viçosa e enviado ao Rio de Janeiro.
Após
ser libertado, formou-se, em 1934, em direito pela Faculdade Nacional de
Direito da Universidade do Brasil. De volta a Minas, dedicou-se à advocacia em
Viçosa e elegeu-se vereador na cidade pela legenda do Partido Republicano
Mineiro (PRM) em outubro de 1935. Empossado no cargo, foi presidente da Câmara
Municipal durante a legislatura. Foi prefeito de Viçosa no período de 1936ª 1937 por
nomeação. Encerrou o seu mandato e, por causa de sua oposição ao
golpe do Estado Novo (10/11/1937), foi novamente detido pelas forças
governistas.
Nas
eleições de dezembro de 1945, comandou, juntamente com Felipe Balbi e José
André de Almeida, a campanha presidencial na Zona da Mata mineira do brigadeiro
José Eduardo Gomes, candidato da União Democrática Nacional (UDN). Em 1947,
elegeu-se deputado à Assembléia Constituinte de Minas Gerais pela legenda do
Partido Republicano (PR). Neste mandato, integrou a comissão encarregada de
elaborar o projeto da nova Constituição do estado e foi segundo-vice-presidente
da Comissão Executiva da Assembléia. Durante o funcionamento da legislatura
ordinária, foi membro de várias comissões e ocupou a vice-presidência da
Comissão de Constituição, Legislação e Justiça, Comissão de Leis Complementares
e da Comissão de Agricultura, Indústria e Comércio.
Reeleito
em 1950, tornou-se no ano seguinte presidente da Comissão de Constituição,
Legislação e Justiça. Foi ainda membro das comissões de Energia e Transportes e
de Serviço Público e Civil. Líder da bancada do PR de 1951 a 1953, licenciou-se
do mandato, em 15 de abril deste último ano, para ocupar a Secretaria de
Agricultura, Indústria, Comércio e Trabalho no governo mineiro de Juscelino
Kubitschek (1951-1955). Ao deixar o cargo em agosto de 1954 — ano em que também
ocupou interinamente as secretarias de Viação e Obras Públicas e de Saúde —,
retornou à Assembléia Legislativa mineira, para a qual se reelegeu em outubro
seguinte. Na nova legislatura, presidiu a Comissão de Finanças, Orçamento e
Tomada de Contas e foi titular da Comissão de Segurança Pública do Legislativo
mineiro.
No
pleito de outubro de 1958, elegeu-se deputado federal por Minas Gerais pela
legenda do PR, deixando o mandato estadual em janeiro de 1959 para assumir, no
mês seguinte, uma cadeira na Câmara dos Deputados. Licenciou-se, em 13 de março
de 1959, para assumir o cargo de secretário do Interior de Minas Gerais no
governo de José Francisco Bias Fortes (1956-1961), retornando à Câmara no dia
30 de janeiro de 1961. Tentou a reeleição em 1962, conseguindo apenas uma suplência
e, ao final da legislatura (31/1/1963), deixou a Câmara para não mais voltar.
Com
a instauração do bipartidarismo pelo Ato Institucional nº 2 (AI-2) de 27 de
outubro de 1965, filiou-se, no ano seguinte, à Aliança Renovadora Nacional
(Arena), partido de sustentação ao regime militar instaurado no país em abril
de 1964.
Afastado
da carreira parlamentar, tornou-se membro do conselho superior das caixas
econômicas federais, no Rio de Janeiro, função que exerceu entre 1967 e 1970.
De 1971 a 1974, foi presidente da Cooperativa Habitacional (Cohab) de Minas
Gerais e, entre 1976 e 1978, ocupou a vice-presidência do conselho
administrativo do Banco de Crédito Real de Minas Gerais S.A. A partir de então
passou a advogar em seu escritório, na capital mineira.
Faleceu
em Belo Horizonte no dia 22 de outubro de 1991.
Era
casado com Violeta Vasconcelos de Sousa Carmo — sobrinha do ex-presidente da
República Artur Bernardes (1922-1926) e prima de Artur Bernardes Filho,
deputado federal entre 1935 e 1937, constituinte em 1946, senador de 1947 a
1955 e ministro da Indústria e Comércio em 1961 —, falecida em 1975. Com ela,
Sousa Carmo teve um filho. FONTES: ANDRADE, F. Relação; ASSEMB.
LEGISL. MG. Dicionário biográfico; CÂM. DEP. Deputados;
CÂM. DEP.Deputados brasileiros. Repertório (1946-1967); CÂM.
DEP. Relação dos dep.; CÂM. DEP. Súmulas; INF. ELIAS DE
SOUSA CARMO; Rev. Arq. Públ. Mineiro (12/76); TRIB. SUP.
ELEIT. Dados (1, 2, 3, 4 e 6).
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