Cyro Aguiar Maciel

Deputado Federal por MG 1965/1966.

Ciro Aguiar Maciel nasceu em Guaraciaba (MG), então distrito de Piranga, no dia 2 de setembro de 1919, filho do fazendeiro e político Amantino Ferreira Maciel e de Regina de Aguiar Maciel. Seu pai foi prefeito de Piranga e seu primo, o escritor Pedro Maciel Vidigal, foi deputado federal por Minas Gerais de 1959 a 1971.

Ciro Aguiar Maciel estudou humanidades no Seminário de Mariana (MG) e cursou o secundário no Ginásio Dom Helvécio, em Ponte Nova (MG). Bacharelou-se, em 1946, pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Durante o período universitário, fez parte do Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO), foi diretor da revista A Época e participou da campanha pela redemocratização do país e pelo fim do Estado Novo (1937-1945). Além disso, de 1944 a 1945 trabalhou na Delegacia da Secretaria de Finanças do Estado de Minas Gerais no Rio de Janeiro.

Depois de formado, retornou a seu estado natal e prestou concurso para promotor de Justiça, sendo aprovado em primeiro lugar. Em seguida, foi nomeado para a Comarca de Cabo Verde, mas renunciou ao cargo para advogar em Piranga, atividade que exerceu até candidatar-se a deputado estadual no pleito de outubro de 1950 pela legenda do Partido Republicano (PR). Assumindo o mandato em fevereiro do ano seguinte, foi secretário da mesa da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça, vice-presidente da Comissão de Redação e da Comissão para Reforma da Lei de Organização Judiciária e membro de várias outras comissões. Reeleito em 1954, tornou-se líder da bancada do PR e titular da Comissão Finanças, Orçamento e Tomada de Contas da Assembléia. Reconduzido a um novo mandato em outubro de 1958, em março seguinte licenciou-se do Legislativo mineiro para assumir, no governo de José Francisco Bias Fortes (1956-1961), o cargo de secretário de Educação de Minas Gerais, em cujo exercício permaneceu até janeiro de 1961, quando se encerrou aquela gestão e retornou à Assembléia, passando então a presidir a Comissão de Educação e Cultura.

Nas eleições de outubro de 1962, candidatou-se à Câmara Federal pelo estado de Minas pela legenda do PR, obtendo apenas uma suplência. No governo de José de Magalhães Pinto (1961-1966), ocupou a vice-presidência da Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais. Exerceu o mandato de deputado federal de agosto de 1965 a janeiro de 1966, deixando a Câmara já filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar instaurado no país em abril de 1964 e que foi criado após a edição do Ato Institucional nº 2 (27/10/1965), que extinguiu os partidos e instituiu o bipartidarismo. Durante sua militância no PR, foi vice-presidente da seção mineira do partido.

No pleito de novembro de 1966, elegeu-se deputado estadual em Minas pela legenda da Arena, iniciando o mandato em fevereiro de 1967. Nesta legislatura, foi vice-líder da bancada arenista e membro da Comissão de Educação e Cultura da Assembléia Legislativa. Em novembro de 1970, candidatou-se à reeleição pela legenda do mesmo partido, obtendo apenas uma suplência. Encerrando seu mandato em janeiro de 1971, retornou à Assembléia em maio de 1973, substituindo o deputado arenista Expedito de Faria Tavares, que se afastou para exercer as funções de secretário do Interior e Justiça de Minas Gerais. Neste novo mandato, exerceu a vice-liderança do governo de Rondon Pacheco (1971-1975) e novamente a de seu partido. Eleito deputado estadual em novembro de 1974, presidiu a Comissão de Assuntos Municipais e Planejamentos Regionais e integrou a Comissão de Finanças, Orçamento e Tomada de Contas.

Em novembro de 1978, conquistou mais um mandato de deputado estadual pela Arena de Minas. Com o fim do bipartidarismo em novembro de 1979, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), agremiação que deu continuidade à linha de atuação arenista, aglutinando-lhe os antigos membros. Em sua passagem pela extinta Arena, ocupou o cargo de primeiro-secretário do partido em Minas. Durante a legislatura 1979-1983, foi membro da Comissão de Educação e Cultura e da comissão criada para organizar as festividades do sesquicentenário da Assembléia mineira. Em novembro de 1982, elegeu-se mais uma vez deputado estadual, dessa vez pelo PDS, iniciando o exercício do novo mandato no começo de 1983. Deixou a Assembléia Legislativa de Minas Gerais no início de 1987, não tendo disputado a reeleição no pleito de novembro de 1986.

Ainda como deputado estadual, representou o Legislativo de seu estado no ato de fundação, em São Paulo, da União Parlamentar Interestadual, tendo sido o relator do projeto de estatuto da entidade e tornando-se membro do Conselho Diretor do órgão.

Apesar de não concorrer a nenhum mandato eletivo, Ciro Maciel continuou mantendo filiação partidária. Em 1993, ingressou no Partido Progressista Reformador (PPR), agremiação fundada em abril daquele ano, a partir da fusão do Partido Democrático Social (PDS) e o Partido Democrata Cristão (PDC). Dois anos depois, passou a integrar o Partido Progressista Brasileiro (PPB), criado em agosto, resultado da fusão do PPR com o Partido Progressista (PP).

No PDS, foi segundo-vice-presidente do partido em seu estado.

Casou-se com Íris Carvalho Maciel.


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FONTES: ASSEMB. LEGISL. MG. Dicionário biográfico; CÂM. DEP. Deputados; CÂM. DEP. Deputados brasileiros.Repertório (1946-1967); COUTINHO, A. Brasil; INF. BIOG.; Rev. Arq. Públ. Mineiro (12/76); TRIB. SUP. ELEIT.Dados (6).

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03/10/2011

Morre em Belo Horizonte o ex-deputado Cyro de Aguiar Maciel

Advogado e político foi, ainda, deputado federal e secretário de Estado no governo Bias Fortes.witter Facebook Email Versão para impressão


O advogado e ex-deputado estadual, Cyro de Aguiar Maciel, faleceu no dia 3 de outubro em Belo Horizonte, aos 92 anos. Nascido no dia 2 de setembro de 1919, em Guaraciaba, então distrito de Piranga, o político fez parte da Assembleia Legislativa de Minas Gerais durante oito legislaturas: da 2ª à 4ª, entre os anos de 1951 e 1963, pelo PR; e da 6ª à 10ª, entre os anos de 1967 e 1987, pela ARENA e PDS. Foi também deputado federal por Minas Gerais no período de 1965 e 1966.
Trajetória acadêmica e política - Fez o curso de Humanidades no Seminário de Mariana e graduou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, em 1946. Na sua passagem pela ALMG, ocupou os cargos de secretário da Mesa (1951); presidente das comissões de Constituição e Legislação (1952-1954), de Educação e Cultura (1961-1962) e Assuntos Municipais e Planejamentos Regionais (1973; 1979-1984); e foi vice-líder de Governo (1973-1975). No governo Bias Fortes, foi secretário Estadual de Educação (1959-1961); e no governo Magalhães Pinto, vice-presidente da Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais.

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Filhos de Amantino Ferreira Maciel:
Cyro de Aguiar Maciel, Deputado ( 2/9/1919 ) 
Cleveland Ferreira Maciel, Jornalista ( 16/8/1908 ) 
José Aguiar Maciel ( 18/7/1909 ) 
Amantino Ferreira Maciel Filho, Farmacêutico ( 10/1/1911 ) 
Geraldo Maciel ( 11/11/1913 ) 
Maria Aparecida Maciel ( 22/8/1915 ) 
Walter Maciel ( 2/2/1916 ) 
Murilo Maciel ( 8/4/1918 ) 
Valdir Maciel ( 2/6/1919 ) 
Sebastião Ferreira Maciel ( 2/11/1921 ) 

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CORONEL AMANTINO FERREIRA MACIEL E A PRAÇA CENTRAL DE PIRANGA (MG)

A praça de Piranga ostenta o nome do referido coronel. 
Hexaneto de Antônio Alves Ferreira e Ana Cabral da Câmara, nasceu no dia 25 de agosto de 1877. Foi próspero fazendeiro em Guaraciaba e em Raul Soares. Em Piranga, foi grande comerciante e durante muitos anos chefiou a política do município de que foi Presidente da Câmara e operoso Agente executivo, re-eleito por duas vezes. O povo piranguense associa-lhe o nome às maiores obras públicas realizadas na cidade e no município, antes da “revolução” de 1930. 
Inteligente, autodidata, escrevia muito bem e era aplaudido orador. 
Casou-se com Regina Aguiar. 
Do casamento nasceram:
1. Cleveland Maciel. Bacharel pela faculdade de Direito de Minas Gerais. Trabalhou ao lado de Francisco Campos no Ministério da Justiça. Jornalista, foi redator da CIDADE DE PIRANGA, do Correio Mineiro, de Belo Horizonte, e de O Jornal, do Rio de Janeiro.
2. José Aguiar Maciel. Estudou na ESAV.
3. Amantino Maciel Filho. Farmacêutico.
4. Geraldo Maciel. Construiu algumas obras públicas, entre elas, a ponte sobre o rio Piranga, em Presidente Bernardes.
5. Maria Aparecida Maciel.
6. Walter Maciel.
7. Murilo Maciel.
8. Valdir Maciel.
9. Cyro Aguiar Maciel. Nasceu em 1920. Estudou no seminário de Mariana. Bacharel em Direito pela Universidade do Brasil, Rio de Janeiro. Exerceu a profissão na comarca eleitoral. Deputado, pertenceu ao extinto partido Republicano. Na Assembléia Legislativa, para a qual foi eleito e reeleito por diversas vezes, conseguiu que fosse mudado o nome indígena de Calambau para Presidente Bernardes, em 1953. Foi membro da ARENA e do PDS. A seu pedido, o governo do Estado liberou várias obras para a cidade de Piranga: pontes, prédios escolares, Estádio do Nacional Esporte Clube etc. Casou-se com sua prima, Iris Maciel de Carvalho.
10. Sebastião Ferreira Maciel. Técnico agrícola pela ESAV.
11. Teresinha Maciel. Pg. 343

Fonte: Pedro Maciel Vidigal. Os antepassados. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1980.



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